quarta-feira, 1 de abril de 2015

Mortes horríveis

Morro todo dia um pouco
De ódio, amor
Ou de saudades
Eu morro como morre quem é louco

Morro às vezes pela manhã
Ou mais a noite
Também sem regra
Eu morro à embriaguez da vida sã

Morro quando desce a tardinha
E caminha, sem ardor
O ser dessas amenidades
Opondo-se à guerra, a paz desalinha

Morro sem pressa ou sem coragem
Morro de culpa ou por açoite
E como todo a quem se alegra
Eu morro da febre que me causa tua friagem

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