quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Um texto que deveria ser lido, mas certamente não será.

Sabem, amigos, eu poderia falar sobre música, arte, me tornar mais uma dessas pessoas sabichonas da internet que fazem que fazem questão de dar sua opinião sobre todo e qualquer assunto, poderia falar sobre preconceito e religião, espalhando a palavra de Deus em quem acredito, independente de sentir o dever de fazer isto ou não, desrespeitando a parte "não atirai pérolas aos porcos", como também poderia fazer parte do monte de ateus que se acham injustiçados e desrespeitados, mas adoram fazer piadinhas sobre crenças alheias. Eu poderia, amigos, lembrar que não tenho palavras para descrever o quão ridícula é uma menina de 13 anos que beija 14 meninos em uma baladinha e quer falar sobre relacionamentos, sexo, amor e coisas como ser uma mulher ou um homem de verdade. Sim, eu poderia. Poderia descarregar em um texto, tudo o que penso sobre modas, homossexualidade e homofobia ou gente que "odeia o Brasil" mas nunca soube fazer nada de bom para colaborar com ele. Eu realmente deveria expressar todo meu ódio por gente que menospreza, julga, maltrata e se vê como superior a quem quer que seja. Talvez eu até causasse polêmica se dissesse que são raríssimas as coisas que me deixam admirada, atualmente. Eu deveria dizer que vocês ás vezes nem tem tanta moral assim para julgar uma mulher que mata um cachorro, mas parece muito cômodo, e por isso vocês fazem. Talvez eu devesse lembra-los de que vocês não são as únicas pessoas com problemas e fases difíceis neste mundo, sendo que já existem, vejam só, pessoas que perdem 100% do movimento do corpo, e continuam conscientes, vendo a vida passar diante dos olhos, sem poder fazer nada; ou então, pessoas que ainda podem dominar o corpo, mas não a mente, por que já está consumida pela 'pedra'. Talvez. Eu bem gostaria de argumentar sobre milhões de coisas que acho que vocês fazem de maneira errada, mas por que eu faria isso? E quem sou eu, ou que direito eu tenho para fazer isto? Nenhum. E é por isso, meus caros, que eu prefiro mesmo me conformar em fazer histórias teoricamente engraçadas apenas para o divertimento, que serão cultuadas pelos amigos legais que tenho, criticadas e classificadas como lixo literário de quinta categoria por pseudo-intelectuais, moralistas, hipsters e caras chatos, e comentada unicamente por membros da minha família. Pois é. Não há decadência, por que nunca foi melhor.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O corno bobo, a jovem indecisa e o ladrão cupido.

- Então, você pode me esquecer, também. Se você não faz questão, você acaba de morrer para mim.

Ela ficou meio sem saber se queria mesmo argumentar. Talvez nem gostasse dele de verdade. E também, ele não atenderia outra chamada, era extremamente teimoso, não voltava atrás nunca. Decidiu deixar de lado. Se sentisse falta era por que gostava, caso contrário, fazer o quê?

Continuou andando. Até que, surgindo do nada, como sempre, um ladrão passa a mão em seu celular e antes mesmo que ela pudesse notar, ele já estava longe.

O ex-namorado, sozinho em casa, recebe uma ligação do celular da ex. Hesitou em atender, não resistiu.

- Alô...

- Seguinte, irmão, tô aqui com a sua namorada, fica bem quietinho e escuta: quero R$500,00 em dinheiro vivo, numa mala, no bando da praça em frente a loja de material de construção, e já sabe, malandro, tô de olho se pintar polícia, eu mato sua mina sem dó!

- Matar? Olha aqui, amigo, eu não sei porque você tá falando em matar essa mulher, porque pra mim... ela acaba de morrer. Essa menina não tem coração, cara!

O ladrão se assustou e por um momento ficou sem reação.

- Poxa, sério cara?

- Estou dizendo! Imagine você que eu estava super apaixonado por ela, juro mesmo, pensava dia e noite em casar, ter três filhos, a gente ia até ter uma casa na cidade dos meus pais, poxa... E aí, um dia... Ela simplesmente acordou... E decidiu que não queria mais o babacão aqui, me deu um belo pé na bunda, e agora vem com essas de querer voltar pra mim, vê se eu posso?

- Mas que absurdo, cara, que mulher desalmada!

- Pois é! E o pior! Eu gosto da desgraçada! Eu amo essa mulher!

- Ah, não, amigo, não fica assim, não, poxa cara, não vale a pena!

Começou a chorar.

O ladrão compadeceu:

- Cara, não chora, não precisa!

- Mata logo essa infeliz, pelo amor de Deus! Aaaaaaaaaaah!

De repente, teve uma ideia. Saiu procurando a menina, feito louco, enquanto tentava tranqüilizar o ex, que, ensandecido começava a cogitar o suicídio.

Bateu um desespero nele. No fundo, não gostava nem de ver sangue. Falava que ia matar todo mundo, mas nunca tinha colocado as mãos numa arma.
Era ali, naquela cidade, apenas um jovem de mãos habilidosas. Pensou rápido. Lembrou da roupa da moça, da fisionomia e tudo o mais. Achou. Saiu correndo atrás dela, sempre dizendo ao ex que aquilo não era necessário, que a vida continuava, puxou a mulher pelo braço, pediu a ele um minuto, explicou a história toda que ele ia se matar.

Bateu uma angústia no peito. Ela de repente saiu do juízo. Pensou por alguns segundos. Daí percebeu que realmente gostava dele. Daí pegou o telefone da mão do menino, mãos trêmulas, coração batendo a mil.

- AMOR! FALA COMIGO! PELO AMOR DE DEUS, NÃO FAÇA ISSO!

- Carolina?

- Sou eu, amor! Olha, eu disse coisas horríveis, eu sei, eu também fiz algumas, mas...

- Mas, o que, Carolina? Você tinha tudo de mim, eu era fiel, amoroso, sempre fui bom pra você e agora você começa com essas coisas, de terminar, voltar, tudo pra me fazer de corno bobo!

O ladrão, que a essa hora nem entendia mais nada, permanecia aflito. Simpatizou com o casal porque já tinha vivido algumas situações parecidas.

Ela continuava lá, tentando convencer o namorado, que não sabia se era namorado mesmo ou sabe-se lá o que. Estavam todos completamente confusos.

Era uma cena perfeita.

No final, como sempre acontecia com eles, acabaram voltando, e se houver um casamento um dia, o ladrão será o padrinho.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Pequenos Grandes Problemas da Vida

O problema é que eu nem me importo mais.
O problema é que eu me importo demais.
O problema é que eu não sei o que mais.
O problema é que não vai acontecer, jamais.
O problema é que eu quero gritar, mas;
O problema é que ninguém vai ouvir, tanto faz.

Eu queria dizer todos os problemas
Mas eles parecem tão pequenos pra você
E pra eles também, e é mais legal assistir a TV.
É muita ilusão sem necessidade
É muita associação sem profundidade
E a culpa é minha, eu sei.
E a culpa é sua, cansei.


domingo, 21 de agosto de 2011

Aurora, A Burguesa Cocotinha

Olá, criançada, o narrador chegou!!


Ok, ok, vocês não precisam fugir, tá bem?! Ei, voltem aqui, bando de filho de uma madrasta má! Ei, ei!!


Ah, ótimo, ótimo, vão todos embora. Certo. Quantos minutos faltam pro almoço, Carmem? Vinte? Obrigado. Vou contar logo essa merda de história então.


Era uma porcaria de uma vez, numa porcaria de um castelo, uma família de burguesinhos salafrários metidos e escrotos. Na família, como sempre, o pai, um riquinho fresco engravida a mulher, uma riquinha fresca, e nasce então uma menina chamada, atenção para o nome tosco dela: Aurora! Vamos lá, vocês podem parar de rir agora. Eis que, para o nascimento de sua linda filha, o palhaço do seu pai chama as fadinhas do bosque. FADINHAS DO BOSQUE, SANTO DEUS!


Chegando todas as fadinhas do bosque ao batizado da criança, elas reparam que do nada, surge uma penetra na festinha. Ela começa a roubar todos os brigadeiros loucamente, e enfiá-los dentro de uma sacola de plástico. Vestia roupas esfarrapadas e usava um chapéu preto e pontudo. Se você pensou em um chapéu de bruxa, você é preconceituoso, porque ela não é uma bruxa. Era apenas um cone de trânsito que a pobre mulher colocou na cabeça para se proteger da chuva torrencial do dia anterior. O burguês safado viu a mulher e começou a dar piti. Expulsou a pobre velha, que, muito puta, praguejou:


"QUANDO ESSAS PATRICINHAS CRESCEM, E VÃO DANÇAR FUNK NOS BAILES, OS BABACAS DOS PAIS NÃO SABEM O PORQUE!"


Todos ficaram atônitos e o silencio reinou no salão. A palavra "Punk", em 1976 não causaria tanto espanto quanto "funk" na era medieval. Ou em todas as eras da sociedade, mas enfim.


Assim, a velha foi embora, e a vidinha mágica e fantástica no castelinho do Sr. babaca e sua família seguiu perfeitinha e linda, até que, ao chegar aos dezesseis anos, Aurora começou a desenvolver um estranho desejo de mostrar partes de seu corpo por aí. Seus pais, muito preocupados com a estabilidade mental e a moral, e os bons costumes, e blá blá blá, resolveram levá-la a um psicólogo. Mas, como sempre estavam muito ocupados, deram a ela o endereço do local, e ordenaram que um jovem carroceiro levasse a moça até lá. O garoto, muito esperto, quis se aproveitar da situação, e levou-a até um baile funk que tinha por aquelas bandas, para se divertirem um pouco. Aurora adorou a idéia, e eles adentraram o baile, muito animados. Depois de algumas horas, muitas drogas e sexo sem proteção, os pais dela começam a ficar preocupados. Mandam mensageiros em busca da menina por todo o canto do mundo (que exagero) e lançam um desafio muito comum em contos de fadas: Quem encontrar a Aurora, se casará com ela (depois do que ela fez na noite passada, eu não gostaria de fazer isso). E então, começa uma busca desenfreada pela menina, e, eis que, passando pelos arredores do baile funk, um jovem príncipe nerd e inocente encontra a jovem Aurora, dançando até o chão. Muito embasbacado com a cena, ele se aproxima dela, mas antes que possa chamá-la, ela cai no chão, de tão bêbada. Ele pega a mocinha no colo, e leva-a até seu humilde Maserati preto fosco. Ele dá um beijinho na sua testa, e ela acorda com o álcool do perfume exagerado do rapaz. Aí então, ele se apresenta, como nerd de atitude que é, e pede sua mão em casamento. Este é um termo que, se analisado de um ponto de vista um tanto obscuro, pode ser terrivelmente mal-interpretado, mas não darei mais detalhes sobre isto. Ela aceite, e o seu pai, vendo que se tratava de um príncipe, aceita também. Eles se casam, morrem de AIDS, e a velha que roubou os brigadeiros morre de rir.
FIM

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Rumpelstiltskin

Ai que sono! Ô, estagiário, seu cretino, traz um café aqui pra mim, e deixa de ser inútil, anda!

Opa, estamos no ar, é? Ah, claro que estamos aqui, hoje, mais uma vez para contar a vocês queridos, mais uma historinha infantil, dessas lindas, educativas, mágicas e... E... Ah, infantis. Pois bem, esta história que vou contar hoje é a história de vida de Rumpel... Rumpels... é, estagiário, meu querido amigo, o Sr. Pode por favor vir aqui um minutinho? Rumpelstiltskin, senhor, é o nome dele” Claro, claro, Rumpelstiltskin, sim, eu sabia, obviamente, muito obrigado, querido, muito obrigado. Como eu dizia, meus caros, esta é a história de Rumpelstiltskin, um pequeno duende (alguns acreditam se tratar de uma personificação do próprio diabo, mas eu acho que é só pra deixar crianças com mais medo mesmo) provavelmente irlandês, claro (Afinal, é um duende). E sua história de vida começa nas florestas da Irlanda, fazendo aparições para os adolescentes usuários de LSD, para depois roubar suas carteiras, nos idos de 1970. Com o fim da era “flower Power”, o pequeno Rumpel ficou sem rumo e sem trabalho. Os jovens estavam cada vez mais escassos, as bandas da época acabavam, vítimas de overdose surgiam. Enquanto isso, não muito longe dali, um velho moleiro que já havia usado muitas drogas na adolescência, e era afetado por elas (sim, meu caro, todos nesta história tem problemas com drogas ou problemas psicológicos, incluindo a autora), resolveu, assim, do nada, dizer ao rei que, vejam bem: que sua filha sabia transformar PALHA, em OURO. Simples assim. Uma sensatez só este homem, sim. O rei, que também era um pouco fraco e não tinha assim, tanta perspicácia, acreditou. E propôs ao moleiro que sua filha (que como sempre, era linda e charmosa, vejam que graça) fizesse uma leve demonstração de seu poder incrível, trancando-a numa torre com um monte de palha durante três noites. Caso ela não conseguisse tal proeza, seria torturada, molestada, empalada, obviamente, e cortada em pedacinhos, e depois queimada, e depois comeriam seus rins, fígado, coração, cérebro e o resto seria jogado aos cães, que seriam queimados após comerem tudo. Isto foi levemente exagerado, mas novamente, é só para assustar as crianças. Todos aqui, creio eu, sabem que nada disso existe, certo? Não? Oh, meu Deus!

E assim foi, a pobre jovem, vítima de um pai drogado que inventava coisas, e um rei cruel, muito fã do Conde Drácula e do Pink Floyd. Na primeira noite, tomou um pouco de LSD, e ao ver Rumpel adentrar a torre pela janela, ficou embasbacada.

-Oh, acho que exagerei na quantidade de drogas, hoje. Quem é você, e o que faz aqui?

-Eu não vou te falar meu nome ainda, porque a história perderia TODO o sentido. Levando em consideração que ela já não tem sentido algum, é melhor não responder esta pergunta. Mas o que me traz aqui hoje, minha querida, além da sua alucinação, é claro, é o problema em que você se meteu. Seu pai é muito burro! Fiquei com dó, e resolvi ajudar. Mas tudo tem um preço, obviamente.

-Se você puder me ajudar, eu juro que farei o que for preciso!

-Pois bem! Trato feito! MWAHAHAHAHAHA!! Você só precisa me dar este colar aí. Além de transformar tudo isto em ouro, trabalho com erva “da boa”, e você pode ficar com um pouco, tome!

-Oh! muito obrigado, Senhor duende! O senhor é um excelente amigo! Nunca vou poder retribuir!

-AH, VOCÊ VAI, SIM! MWAHAHAHAHAHAHA!!

E assim, Rumpels deu um salto muito rápido, e saiu, janela a fora, transformando tudo em ouro. A jovem ficou maravilhada, mas para não estragar tudo, não disse nada ao rei. Este, por sua vez muito ambicioso, ficou igualmente maravilhado, e colocou mais palha na torre da jovem. Novamente, nesta noite, a jovem lembrou-se da erva que o duende havia lhe oferecido tão gentilmente, e começou a ter mais alucinações. Logo, apareceu o duende novamente, e desta vez, pediu-lhe seu anel, que é um objeto mais caro, transformou a palha toda em ouro (vejam que absurdo esta história, meu Deus!), lhe ofereceu um pouco de cocaína desta vez, e foi embora, saltitando. Na manhã seguinte, o rei voltou para buscar seu ouro, e disse que depois da noite daquele dia, ela seria libertada se conseguisse a proeza novamente. Então, se sentindo muito poderosa com o uso das drogas (um terrível aliciador, este Rumpelstiltskin), ela consome toda a cocaína oferecida pelo seu amiguinho verde. Quando ele chega, pergunta-lhe o que ela tem para lhe dar em troca das drogas e do ouro. Não tendo nada de valioso ali, a pobre se vê obrigada, em todo o seu vício, a se prostituir, e ainda vender um futuro filho para o tal duende. Depois de terminado o “serviço” o pequeno diz, arrumando suas calças:

-Veja, eu lhe ajudarei novamente, mas em troca disso, você deve ter um filho com o rei, e eu voltarei para buscá-lo quando isto acontecer.

Transformou novamente a palha em ouro, e saiu dali. Pela manhã, o rei chegou até o alto da torre, e viu o seu tão amado ouro, e sua futura esposa. Pela primeira vez, como homem de negócios que era, ele reparou nas qualidades da jovem, e anunciou seu casamento com ela. Não demorou muito tempo, até que veio seu primeiro filho. E Rumpels retorna ao reino, secretamente, para buscar seu futuro acessor. Já que a onda setentista havia acabado, e ele não sabia o que fazer para os anos 80, resolveu virar um grande ídolo pop, e causar polêmica junto com o garotinho, e fazer muita fama e dinheiro cantando. Mas infelizmente, seus planos foram por água abaixo quando soube que a rainha perdeu a criança, devido ao uso de drogas fortes. Ficou extremamente nervoso, mas decidiu que iria enganar a rainha, que não era tão inteligente.e chegando lá, disse a ela:

-Veja, minha cara, o mundo das drogas não te levará a lugar nenhum. Eu lhe darei mais uma chance de pagar sua dívida comigo, não só porque sou um traficante de família, mas também porque eu sei o que você já sofreu com tudo isso. Você tem que advinhar meu nome. Apenas. No entanto, eu não terei piedade de você novamente se falhar. Eu e meus capangas estaremos de olho em você, e o microondas lhe aguarda se não descobrir a tempo. Voltarei amanhã.

E assim foi, a madrugada toda, tentado advinhar o nome do bendito duende, até que, ao olhar pela janela, viu o próprio, cantando e dançando em volta de uma fogueira, com uma garrafa de rum e outra de uísque. E parou para ouvir o que dizia:

“ Duendes malditos, duendes malditos, traficando marijuanna, duendes malditos, duendes malditos, me chamo Rumpelstiltskin e ninguém nunca saberá, lalalalala..”

Então, depois que se deu conta do que estava fazendo, era tarde demais. Ao voltar no outro dia, numa ressaca interminável, encontrou-se com a rainha, e perguntou-lhe seu nome. Ela prontamente respondeu:

-Seu nome é Rumpelstiltskin. E você é burro demais.

Então, ele ficou extremamente nervoso, e matou todos ao seu redor.

FIM.

domingo, 3 de julho de 2011

A Todos Os Amigos (Que Assim Me Consideram)

Eu te darei meu mundo. Sem nenhuma palavra, te direi em quais dias me odiar. Quando for preciso, estarei ao teu lado. Te darei meu tempo e minha disposição quando se sentir mal, tendo-os livres ou não. Te mostrarei meu sorriso mais sincero quando tua única vontade for chorar. Pedirei desculpas quando for capaz, e dessa maneira também perdoarei. Te mostrarei o caminho quando couber a mim, e quando couber a mim irei contigo até o final. Te direi o que não gostas de escutar se assim for necessário.
Eu te darei o meu mundo. Conquistarei, à minha maneira, teu amor, teu ódio ou tua indiferença. Se assim me for permitido, te ensinarei o que sei, por mais que seja poquíssima coisa. Abrirei meu coração quando ele sentir que está em boa companhia, porque ele foi feito para ser ouvido intensamente até o fim dos meus dias. Por isso, te peço toda a sua compreenção. Te peço toda a tua sinceridade. Assim como, de minha parte terás ambas as coisas.
Terás de um ser sempre pequeno, fraco, arrogante e patético , a cada novo dia um sorriso mais forte e sincero. Portanto, ao veres este sorriso, tenha sempre a certeza de que, bem ou mal, tens contribuído para que ele permaneça vivo como sempre. E este é o meu mundo... Amigo.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

O 'S' da Questão

E então são mais três exercícios da página 103. Podem começar. E o primeiro exercício questionava quem era o es... ex... espect... expect... Seria espectador? Expetador? Oh, Deus! Dúvida cruel! Pois bem... Este é o tipo de situação difícil em que você se mete involuntariamente. Porque afinal, é ridículo perguntar como se escreve uma palavra tão estupidamente óbvia como essa. Mas, na prática... Digamos que a coisa é diferente. Então, Você toma coragem, estufa o peito e diz, com a boca cheia: "Como é mesmo que se escreve?", mesmo sabendo que pode ser taxado de burro. O que é inaceitável, afinal, é ficar com essa maldita dúvida na cabeça, oras!
E é também nesta hora que você descobre que não é o unico, porque ao ouvir esse tipo de pergunta, todo mundo sempre diz, muito convicto: "É 'X'!" ou "É 'S'!" Mas, depois de três segundos, acontece algo. É como se todas as certezas da vida sumissem. Como se toda aquela convicção fosse em vão, e anos de estudo e leitura, e instrução fossem embora da mente, e você é obrigado a dizer: "poxa! Será que é mesmo?". E este é assunto que gera reovlta na maioria das salas. Alguns protestantes defendem o S. Do outro lado, os defensores do X estão firmes e fortes. Cria-se uma grande tensão. Apenas um dos dois pode estar certo. E apenas um objeto poderá dizer quem está certo. O dicionário. Na biblioteca, a mulher diz: "Mas é óbvio que é com 'S'. Ou será que não?". A Dúvida é amedrontadora. Nunca um simples ponto de interrogação pôde causar tanto medo de estar errado antes. O dicionário confirma; 'S'. A torcida delira! Todos vibram e comemoram! Uns se abraçam, e gritam, felizes! Os errados ficam tristes, abaixam as cabeças. Tudo neste momento é esquecido.
E no final, você se esquece principalmente porque raios queria saber como se escreve expectador... Ou será espectador?

sábado, 11 de junho de 2011

Nonsense Nostálgico

Onde este mundo vai parar.
Essas coisas vivem assim.
Trocas e confusões sem fim,
Um mendigo mancando no jardim,
Nenhuma novidade para mim.

Em dia dos Namorados,
Solteiros para todos os lados.
Tem os modernos e descolados,
Os solteiros irritados,
E até jornaleiros injuriados.

Quantos mais aparecerem,
Mande avisar que são todos carrascos,
Essas meninas que pressionam demais*
Novos tradicionais,
Esse garoto preocupa a gente:
Diz que nem sabe mais...
O que quer.

A loira ou a morena?
Quem faz a cena?
Quantas galinhas numa pena?
Não sei...

*Ai, que menina boba...

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Como Descobrir Quem Manda Em Casa

Minha autoridade é indiscutível. Crianças tem uma paixão incontrolável por chutar minhas pernas, pisar nos meus pés, rir da minha cara, mostrar a língua... Isto quando não fogem de mim, porque realmente, o visual não ajuda. Mas isto acontece apenas com crianças. Com os gatos a história é outra. Eles realmente me respeitam muito. Hoje mesmo, obtive mais uma prova de o poder sobrenatural que exerço sobre os mesmos. Tive de lutar contra uma gata de dois meses de idade por um hamburguer. Creio que não seja necessário dizer quem é mais esperta, e quem ganhou. Após ter 50% do hamburguer vorazmente engolido, eu, em minha tola prepotência humana, pensei ser digno dar-lhe uns bofetões no focinho, para mostrar-lhe meu incontestável domínio sobre seu fraco ser irracional e pequeno. O resultado disso foi um arranhão e uma mordida, que deixaram em meus polegares opositores uma marca da supremacia felina naquela casa. Todavia, eu quero que fique claro, minha cara bichana, que eu sou a mais inteligente e sou eu quem manda aqui, ouviu!?

sábado, 19 de março de 2011

Excentricidade E desproporção, Uma Sutil Definição...

Não existe estabilidade
Não existe sensatez.
Há uma pequena e sonora complexibilidade
Onde, grande, um simples silencio se fez.

Uma dúvida paira no ar em meio à humanidade:
Por que em vão se faz cortês
Quem é corrompido de falsidade
E em princípios há tanta escassez?

Simplesmente sem bom senso, absolutamente sem razão,
Sem medidas, sem motivos,
Não exerce nenhum poder, não possui nenhuma posição.

Absurdamente desprovida de ambição.
Sofre por falta de objetivos
E é extremamente sem noção.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

A Branca de Neve Junkie

Depois de provas tenebrosas, processos seletivos, listas de classificação, gritos de alegria, medo de trote, revoltas com a passagem, eis que surge novamente a autora psicologicamente instável deste blog cretino, mais alta, mais forte, mais sábia e mais bonita (ignorem a ultima palavra, por favor).
E seria normal pensar: provavelmente, desta vez, ela teria alguma coisa produtiva para postar aqui, mas não! Isto nunca acontecerá! Enfim, temos aqui uma história muito conhecida, de tal aí, que foi mal contada durante séculos. Venho aqui esclarecer esta palhaçada toda!
Caso você tenha tido infância, certamente deve lembrar-se de que um requisito básico a um conto estúpido é o seu começo mais do que peculiar, seguindo a maldição, digo, tradição milenar, famoso e batido “era uma vez” (mais batido do que luto em velório). Pelo menos essa é minha opinião, mas agora, ela não é importante, porque a partir de agora, não existo. Pois, é, mas esqueçam as festas, vocês também não existem queridos. Já explico: a história a seguir, por sua vez fictícia e não recomendada para cults, moralistas e/ou pessoas frescas e donas de gostos refinados - leia-se pessoas que lêem romances proibidos para diabéticos e acham que são intelectuais - passa-se no período medieval da história desse mundo velho e sem porteira, provavelmente em um castelo irlandês ou escocês incrivelmente maravilhoso, feito de pedra e cercado por um jardim muito maior do que o bairro onde você mora, sendo habitada por uma família real, ou seja, mulheres safadinhas com caras de santas, homens frescos que maltratam as tais, crianças pestes, mimadas e arrogantes, e esse tipo de coisa.
E com certeza, o camarada insano e suicida em potencial que suportou sabe Deus como ler esse troço até este ponto, deve com toda a razão perguntar-se o que pode haver de interessante num lugar como este? Em pessoas como tais?
A resposta, clara e objetiva é: nada. Ou quase nada, exceto por um único detalhe: a observação é uma dádiva divina, caro Watson. E a autora estúpida dessa joça nunca chega a lugar algum... E isso tudo foi, com certeza, armado para não dar o braço a torcer, e dizer logo: “era uma vez...” AH, voltando então, ao castelo magnificamente estupendo, essa é a história da Branca de neve, aquela que como diria o mestre: “todos vêem, mas poucos enxergam”. Ela era uma menina feliz e saltitante, que vivia naquele maldito castelo que eu não consigo parar de pensar, com a mãe e o pai, um rei muito bom e generoso, porém desprovido de perspicácia –leia-se burro - que era um ótimo pai, um ótimo rei e é claro, como nunca poderia deixar de ser, um corno espetacular, para cantor sertanejo nenhum botar defeito. Mas esse é um termo pejorativo, que não será mais utilizado nesta merda de história, porque como todos perceberam, eu odeio termos pejorativos, e porque provavelmente, minha avó lerá isto (e para provar por A+B que todos os seres humanos mentem, ela dirá que ficou ótimo!). Mas mesmo assim, fazer o que, ele era corno mesmo, e a culpa não é nenhum pouco minha, porque eu não sou a rainha. A va... digo, Ra! RAINHA, era tão desprovida de vergonha na cara, que foi assassinada pelo chapeleiro, o amante, quando este descobriu o romance com o condutor de charretes! Ora, vamos, não seja tolo de se perguntar de onde saiu esta idéia infame! É a verdade. O rei, levemente babaca, não entendeu o motivo que teria um chapeleiro para matar uma rainha na porrada. O chapeleiro não entendeu porque foi condenado a forca, porque até então, nem que ela era rainha o coitado sabia. O rei entra em depressão, e a menina, tendenciosa e geneticamente safada, aprendeu uma lição: por mais otários que sejam os homens ao seu redor, você deve tomar muito cuidado com eles. Discrição acima de tudo. Faça tudo parecer um acidente. Al Capone rules! Com a morte da primeira, não faltaram mulheres tão falsas e dissimuladas quanto ela para ficar com a coroa, as jóias e o panaca, que apesar de tudo, não era de se jogar fora.
Em dois meses, já estava lá, uma pior do que a rainha. Foi ficando entediada, e entre um camponês lenhador aqui e um jardineiro acolá, gostava bastante de infernizar a vida da garota, que igualmente safada, se encarregava dos filhos dos camponeses e jardineiros. O tempo passando, e um dia o rei descobre que possui câncer no cérebro e cinco dias de vida (medicina medieval surpreendentemente avançada) e logo esticou as canelas. Com isso, a convivência no castelo ficou insuportável, e a jovem fugiu, e para parecer bem rebelde e chocante, resolveu virar a primeira junkie dos contos de fadas, e foi morar na floresta, talvez para procurar elfos e duendes, ou talvez por falta de sensatez e astúcia (percebam que não há muita diferença entre as duas hipóteses). Na floresta, ela encontrou sete homens e ficou ali, morando com eles, numa casinha perto de uma árvore bem grande, e... O QUÊ? Morando ali, com sete homens? Ao melhor estilo “girls just wanna have fun?” Fácil assim? Mas, mas, como... Oh, este mundo está perdido! Moças de família não fazem esse tipo de coisa, não! Cadê a moral? Os bons costumes? A realeza, a decência, onde foram parar? Ah, mas não importa agora! Todos aqui já perceberam que nesta história, assim como na da cinderela, não existem tais palavras. E depois de algum tempo com os “amigos”, Branca de Neve, que tem esse nome ridículo devido ao fato de seu pai biológico ser o homem que limpava a neve do inverno, e de sua mãe não valer uma bala mascada, resolveu dar o fora, mas os homens não queriam porque não havia por ali nenhuma outra garota. Amarraram-na a uma cama, e deram-lhe um boa noite cinderela, que também serve para outras princesas. Enquanto, no meu castelo-sonho-de-consumo a madrasta que nascera puta, digo, que ficara puta por conta do desaparecimento da menina, que quando fugiu levou consigo todas as jóias e toda a grana do castelo, decidiu ir atrás e caçar a menina, nem que fosse a ultima coisa que fizesse, para pegar algo que não era seu por direito, mas que ela insistia em achar que era. E a pistoleira era tão ruim, mas tão ruim que acabou achando a casa dos strippers (anões, é?) escondida na floresta. Quando eles viram a madrasta, pensaram em trocar as duas, e soltar a mais jovem, já que tinham por ela “um apreço imenso” e a outra parecia muito melhor para aquilo que eles queriam, se me entendem. Foram ao centro do vilarejo, acharam o primeiro príncipe otário, digo, aventureiro, dono de uma belo par de olhos verdes, sangue azul e cérebro transparente (eu quis dizer inexistente), disseram-no que havia um feitiço e ele teria de beijar a branca de neve para que ela acordasse daquilo que médicos chamam de coma alcoólico, médiuns chamam de experiência de quase morte, e os irmãos Grimm chamavam apenas de sono profundo. Após cumprido o protocolo, os dois despediram-se de todos, subiram em seu cavalo branco, e partiram rumo a um castelo igual ao outro, e viveram felizes para sempre, ou até o dia em que Branca de Neve foi brutalmente assassinada por um carpinteiro que descobrira seu caso com o mordomo... E fim, graças a Deus! Minha tendinite agradece, pessoal!