domingo, 21 de agosto de 2011

Aurora, A Burguesa Cocotinha

Olá, criançada, o narrador chegou!!


Ok, ok, vocês não precisam fugir, tá bem?! Ei, voltem aqui, bando de filho de uma madrasta má! Ei, ei!!


Ah, ótimo, ótimo, vão todos embora. Certo. Quantos minutos faltam pro almoço, Carmem? Vinte? Obrigado. Vou contar logo essa merda de história então.


Era uma porcaria de uma vez, numa porcaria de um castelo, uma família de burguesinhos salafrários metidos e escrotos. Na família, como sempre, o pai, um riquinho fresco engravida a mulher, uma riquinha fresca, e nasce então uma menina chamada, atenção para o nome tosco dela: Aurora! Vamos lá, vocês podem parar de rir agora. Eis que, para o nascimento de sua linda filha, o palhaço do seu pai chama as fadinhas do bosque. FADINHAS DO BOSQUE, SANTO DEUS!


Chegando todas as fadinhas do bosque ao batizado da criança, elas reparam que do nada, surge uma penetra na festinha. Ela começa a roubar todos os brigadeiros loucamente, e enfiá-los dentro de uma sacola de plástico. Vestia roupas esfarrapadas e usava um chapéu preto e pontudo. Se você pensou em um chapéu de bruxa, você é preconceituoso, porque ela não é uma bruxa. Era apenas um cone de trânsito que a pobre mulher colocou na cabeça para se proteger da chuva torrencial do dia anterior. O burguês safado viu a mulher e começou a dar piti. Expulsou a pobre velha, que, muito puta, praguejou:


"QUANDO ESSAS PATRICINHAS CRESCEM, E VÃO DANÇAR FUNK NOS BAILES, OS BABACAS DOS PAIS NÃO SABEM O PORQUE!"


Todos ficaram atônitos e o silencio reinou no salão. A palavra "Punk", em 1976 não causaria tanto espanto quanto "funk" na era medieval. Ou em todas as eras da sociedade, mas enfim.


Assim, a velha foi embora, e a vidinha mágica e fantástica no castelinho do Sr. babaca e sua família seguiu perfeitinha e linda, até que, ao chegar aos dezesseis anos, Aurora começou a desenvolver um estranho desejo de mostrar partes de seu corpo por aí. Seus pais, muito preocupados com a estabilidade mental e a moral, e os bons costumes, e blá blá blá, resolveram levá-la a um psicólogo. Mas, como sempre estavam muito ocupados, deram a ela o endereço do local, e ordenaram que um jovem carroceiro levasse a moça até lá. O garoto, muito esperto, quis se aproveitar da situação, e levou-a até um baile funk que tinha por aquelas bandas, para se divertirem um pouco. Aurora adorou a idéia, e eles adentraram o baile, muito animados. Depois de algumas horas, muitas drogas e sexo sem proteção, os pais dela começam a ficar preocupados. Mandam mensageiros em busca da menina por todo o canto do mundo (que exagero) e lançam um desafio muito comum em contos de fadas: Quem encontrar a Aurora, se casará com ela (depois do que ela fez na noite passada, eu não gostaria de fazer isso). E então, começa uma busca desenfreada pela menina, e, eis que, passando pelos arredores do baile funk, um jovem príncipe nerd e inocente encontra a jovem Aurora, dançando até o chão. Muito embasbacado com a cena, ele se aproxima dela, mas antes que possa chamá-la, ela cai no chão, de tão bêbada. Ele pega a mocinha no colo, e leva-a até seu humilde Maserati preto fosco. Ele dá um beijinho na sua testa, e ela acorda com o álcool do perfume exagerado do rapaz. Aí então, ele se apresenta, como nerd de atitude que é, e pede sua mão em casamento. Este é um termo que, se analisado de um ponto de vista um tanto obscuro, pode ser terrivelmente mal-interpretado, mas não darei mais detalhes sobre isto. Ela aceite, e o seu pai, vendo que se tratava de um príncipe, aceita também. Eles se casam, morrem de AIDS, e a velha que roubou os brigadeiros morre de rir.
FIM

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