Sempre calma, vem chegando ao ouvido
Lentamente, há de invadir toda a sala
E com a conhecida serenidade da fala
Se abrirá no espaço, apertando o sentido.
Tranquilamente, o baixo tom imprimido
Alivia o desolado barulho, que cala
É uma voz linda, que jamais se abala
Ainda que em meio a todo o caos vivido.
Voz, que vicia ao âmago do ser
Cuja pacificidade é contágio voraz
Transformas o ouvir num excelso prazer.
Não desconfias do enorme poder
Mas ao sorrir tu transmites essa paz
E tudo o que é bom cerca esse teu viver.
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
domingo, 16 de fevereiro de 2014
Fotofobia
Enquanto a luz não
revelar teu amor
Eu não hei de ansiar por
ela
Ando com medo do que é muito
claro
Temo às entranhas tudo
que for óbvio
Já que o próprio fim é
seco e sóbrio
Se a própria vida é de
valor tão raro
Sejam as árvores
ornamentais
Usem máscaras todos os
rostos
Soará mais alta que os
altos postos
A intrepidez das
palavras reais
Enquanto enxergarmos
nada além da dor
Não haverá sequer chama
de vela
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