segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Versinhos da inadimplência

Os poetas nunca oferecem
Presentes comerciais
Primeiro porque não tem dinheiro
E segundo porque a poesia
Oferece muito mais. 

Dizendo assim até parece
Que vive-se apenas de verso
A bem da verdade é quase isso
Exceto umas cervejas baratas,
Um cafuné e um olhar disperso.

Pena é pesar mais que o verso
Esse 'quase' que atormenta
Deixa a gente inadimplente
Vendendo a alma pela carne
Só pra ter o que alimenta.