quinta-feira, 9 de abril de 2015

Autorretrato

A minha alma tem lacunas
Como a lei que nos governa
Por ela ando sobre as dunas
Entro e saio das cavernas

Minha alma é bicho solto!
Não se prende a amor de vida
Pode estar por um dia envolto;
No seguinte já é ser de partida

A infeliz chora, e mata, e morre
Ou canta, ou anima o mundo errante
No fim há só o tempo que escorre
Pelas mãos desse pobre ser infante

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