sábado, 12 de outubro de 2013

"O Tempo" Seria Um Título Deveras Criativo E Original Para Isto. Hmm...

Foi há muito tempo atrás... Quer dizer, isso é tudo um pouco confuso, porque para algumas pessoas o tempo é relativo, para outras ele é um daqueles amigos irritantes que destroem relacionamentos, para terceiras pode ser uma doença ou uma cura e tem até mesmo quem acredite e jure de pés juntos que tempo, ilusão humana, é dinheiro, outra ilusão do animal racional-mas-nem-tanto. 
Resumindo, o tempo é um camarada completamente maluco, e por isso fica difícil saber exatamente há quanto dele aconteceu esta história. Na verdade, na verdade, mesmo, veja bem, o tempo pode até nem ter passado por lá ainda, quem pode saber? Afinal, não se fazem mais tempos com a pontualidade de antigamente (culpa do crescimento e modernização das fábricas de balas mastigáveis de iogurte pertencentes ao setor de indústrias de bens de consumo indiscutivelmente não duráveis por mais de cinco minutos), de modo que tudo pode ser uma grandessíssima mentira e você nem sabe. Ao mesmo tempo que tudo pode ser uma grandessíssima verdade, é claro, mas agora que você acaba de tomar conhecimento da possibilidade de tudo ser uma grandessíssima mentira, muito provavelmente ficará encucado e pensativos, imaginando se é tudo mentira, ou se é tudo verdade, ou até mesmo se tudo é parcialmente verdade e parcialmente mentira - o que é mais provável -, mas saiba que isso não importa, amigão. Console-se em saber que sim, pai é aquele que cria. Relaxe.
Relaxe, porque mesmo depois de pensar e espremer suas fracas ideias para encontrar uma boa história para esta introdução, que caiu do céu como a maçã na cabeça de Isaac Newton (e muitos dizem que esta história é sim uma grandessíssima mentira), a autora desculpa-se infinitamente pela perda de tempo, mas não foi capaz de encontrá-la. No entanto, como seria deveras triste perder entre os papéis velhos uma introdução simplesmente por não ter uma boa história para ela, a autora resolveu que, mesmo sem história, esta introdução merecia ser publicada, porque apesar de a descoberta da lei da gravidade não ter dependido em partes dela, foi uma introdução de fato simpática, e de leis o mundo já está cheio mesmo, poxa. 
Portanto, estamos aqui discutindo a veracidade da história sobre a maçã que supostamente caiu na cabeça de Isaac Newton, fazendo com que ele, após xingar todas as sortes de maçãs existentes no mundo, porque deve ter doído pra cacete, parasse para pensar sobre o que faz as maçãs caírem das árvores em cabeças de grandes físicos. E o resultado, não menos satisfatório, seria obviamente a descoberta da famigerada lei da gravidade, temida pelas senhoras mais vaidosas da alta sociedade. Mas como tudo pode ser uma grandessíssima mentira, há quem diga que isso tudo é conversa pra boi dormir; Curiosamente, essa história, sendo verídica ou não, aconteceu há muito tempo atrás... Quer dizer, isso é um pouco confuso, porque em 2013, ano de publicação deste texto estúpido, temos que aconteceu a cerca de trezentos e poucos anos, mas em 3016, caso o arquivo resista ao tempo, terá acontecido há muito mais tempo, agora, se você tiver uma máquina do tempo e voltar ao ano de 1687, que foi o da publicação da lei da gravidade, com este arquivo, e efetuar a leitura do mesmo neste ano, não fará tanto tempo assim (mas aconselhamos que caso você volte ao ano de 1687 com este arquivo em mãos para efetuar a leitura do mesmo, não o faça em público, do contrário, ninguém sabe o que pode acontecer com você). Lembrando também da possibilidade de o leitor poder ter nascido há dez, quinze mil anos atrás, podemos concluir que para certas pessoas, trezentos e poucos anos nem é tanto tempo assim. De qualquer maneira, essa é uma história que pode de fato nem ter acontecido, não necessariamente porque o tempo ainda não passou por lá, mas sim porque desde que o mundo é mundo, e isso aconteceu bem antes de 1687, existem pessoas nele com o péssimo hábito de sair por aí contando aos outros coisas que nunca aconteceram fora de suas cabeças.
- E aí, cara, tranquilo?
- Beleza, Newtão, e você?
- Ah, tranquilo, tranquilo. Cara, cê não vai acreditar. Eu tava lá, tirando uma soneca debaixo daquela macieira ali, quando de repente, caiu uma maçã bem em cima da minha cabeça, e aí eu comecei a pensar aqui... Cara, o que faz as maçãs caírem? A gravidade, cara, a gravidade!
- Hã?
(Fragmento de conversa entre Isaac Newton e um amigo seu, 1686).
Por fim, é por isso e por mais um pouco que nada é verídico. Nem o tempo, nem o vento, nem os historiadores, nem os físicos, nem as balelas que eles contam, nem os xavecos que eles passam, nada. Logo, vamos todos de mãozinhas dadas, aceitar que tudo não passa de... Sei lá do que não passa, aquele abraço.

Um comentário:

  1. Dani!
    Q graça tanta coisa postada...Passei por aqui no avançar das horas pq acabei de ler uma notícia e imediatamente pensei em vc, por que será?! Terá de ler! Eis o endereço: http://delas.ig.com.br/comportamento/2013-10-16/ideias-para-mudar-de-vida.html
    Bjão,
    Camila

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