Naquela insolente esteira rolante
Da miscigenadíssima linha amarela
Sou um boi pronto para seu abate
Ou leitão que já gordíssimo se esgoela.
Nesta velocidade inconstante
Com que desconheço leis da física
Rumamos todos ao mesmo abismo
Da ignorância mais seca e tísica.
Muito melhor é estar ao volante
E controlar a doce e grande ilusão
De ser subordinado de uma ditadura
Para chegar à almejada direção.
Sinto-me exatamente como um boi,
Exatamente como o boi que como
E que agora não sente mais nada:
Abate,
Abismo,
Ditadura...
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